Descrição enviada pela equipe de projeto. O Museu Mercedes Benz combina diretamente estrutura e conteúdo. O Museu é dedicado a um carro legendário. Sua estrutura única foi projetada especificamente para expor uma coleção na qual a tecnologia, a aventura, a atratividade e a distinção se combinam. Trata-se, ainda, de um museu para que as pessoas possam mover-se livremente, sonhar, aprender, observar e deixar-se levar pelas fascinações, pela luz, e pelo espaço.
Por último, é um museu para a cidade, um novo marco para celebrar a paixão perdurável do inventor e fabricante mais famoso se Stuttgart.
A estrutura do projeto baseia-se em um trevo: tanto em sua organização interna, quanto em sua expressividade externa, essa geometria responde ao contexto impulsionado pelo automóvel do museu. No interior, caminhando pelas rampas internas, rodeado de carros de diferentes épocas e tipos, o visitante remetido a uma memória de dirigir pelas estradas. Do lado de fora, as suaves curvas do edifício ecoam a arquitetura vernacular arredondada dos espaços industriais e de eventos próximos, como o estádio de futebol, o circuito da prova da Mercedes-Benz, e os tanques de gás e petróleo ao longo do rio, assim como as curvas recorrentes no sistema viário local.
O edifício também irradia implicitamente as melhores qualidades de nosso tempo: materiais que contemplam boas características em termos de qualidade, durabilidade, aspecto e pureza. Em sua materialização, o Museu MB reproduz os valores que associamos com a marca: avanço tecnológico, inteligência e elegância. Uma vez dentro, o visitante deve se sentir estimulado e confortável.
O projeto de 25.000 m2 está localizado próximo à planta Daimler-Chrysler Untertuerkheim em uma plataforma elevada que também oferece espaço ao Centro de Veículos. Os visitantes entram no edifício pela esquina noroeste. O hall de entrada introduz o visitante ao sistema de organização do museu, que implica a distribuição dos tipos de exposições sobre três "folhas", que estão conectadas a um "caule" central em forma de átrio. Esse espaço, além de funções práticas, contém uma escada mecânica que conduz até o nível do solo, e três elevadores que levam os visitantes à parte superior do edifício.
O visitante percorre o museu de cima a baixo. Durante o passeio pelo átrio, recebe uma apresentação multimídia como introdução à experiência. Os dois aspectos da disposição museológica, a coleção de automóveis e caminhos e os mitos são ordenados cronologicamente de cima a baixo, começando com os três carros mais antigos no pavimento superior na tela dedicada à invenção do carro. A partir desse ponto de partida na parte superior, no nível +8, o visitante pode descer uma das duas rampas em espiral até a parte debaixo, a primeira sequência que concentra a coleção de carros e caminhões e o ambiente dos Mitos conectados, que são as telas secundárias relacionadas coma história da Mercedes-Benz. As duas trajetórias em espiral se cruzam continuamente, imitando os fios entrelaçados de uma hélice de DNA, o que permite ao visitante trocar de trajeto.
A inclinação descendente dos dois trajetos entrelaçados limitam-se às rampas no perímetro do edifício. As plataformas que funcionam como áreas de visualização são niveladas, com os gradientes suaves das passarelas que pontuam as diferenças de altura entre elas. As estruturas, as "folhas" do trevo, estão dispostas ao redor do "caule" central do átrio. Essa estrutura gera constelações espaciais emocionantes, permitindo uma ampla gama de opções de pesquisa, atalhos, espaços fechados e abertos, além do potencial para a continuidade e referências cruzadas nos diversos suportes.
A coleção de carros e caminhões é exibida de forma combinada em cinco platôs. Sete platôs apresentam os Mitos e, nos pavimentos mas abaixo, Corridas e Recordes, além da Fascinação da Tecnologia. No nível do solo, sob a paisagem elevada e com acesso pela escada mecânica no nível da entrada, encontram-se o Museu Infantil, várias pequenas lojas e um restaurante, todos localizados em um espaço muito grande e aberto que conecta o museu ao centro de veículos mais próximo.
Descrição do Produto: Para um edifício como este, o concreto é a única opção material: a geometria exigente não poderia ser implementada de outra maneira a não ser com o uso de concreto moldado em obra. A construção de superfícies lisas para os elementos duplamente curvados é um desafio que UNStudio enfrentou muitas vezes antes. Em uma série de projetos do início da década de 1990, o escritório brincou com a herança da arquitetura heroica de engenharia de meados do século XX.
A razão principal para o uso do concreto aparente no interior do museu é o fato dessa superfície se tornar o pano de fundo ideal para os carros. UNStudio analisou a forma como os automóveis se apresentavam em exposições e chegou à conclusão de que um fundo rico em contraste era mais efetivo do que exibir um objeto reluzente e altamente acabado dentro de um entorno igualmente reluzente e altamente acabado.
Com esse museu, o escritório UNStudio alcançou um novo nível na busca pelo concreto perfeito. O concreto foi moldado durante a noite, já que o prazo para a data de entrega era curto e isso significava que, às vezes, o trabalho continuava dia e noite sem parar. Devido à presença do ar fresco durante a noite o processo de secagem do concreto foi dificultado, e por isso foram utilizados ventiladores e instalações de calefação. Apesar disso, é possível pensar que a luz da lua foi um componente crucial na mistura mágica: a composição exata de cimento, água e passo, zelosamente vigiados por nosso arquiteto executivo Matias Wenzel e o empreiteiro Züblin / Wolff & Müller.